segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Concurso: "Contos de Natal"

Um Natal Quase Perfeito

Era uma vez uma menina chamada Joana.

Joana tinha apenas onze anos e vivia num bairro de Lisboa muito rico. Ao lado desse Bairro, existia um bastante pobre, que Joana conseguia ver da janela.

Nos Natais anteriores, ela punha-se à janela a ver os meninos que tinham a roupa suja e que, com certeza, também não iam receber presente neste. Natal e muito menos uma ceia de Natal como a sua. Ela ia comer peru, bacalhau e muitas outras coisas muito boas e deliciosas.

Quando começava a Época Natalícia, a Joana ia comprar os presentes e às vezes, ficava parada a olhar para os brinquedos, bastante usados e muitas vezes improvisados, com que aqueles meninos, que não conhecia, brincavam na rua.

Joana tinha medo deles, que lhe fizessem mal mas, ao mesmo tempo, gostaria muito de os tentar ajudar, mas nunca teve coragem.

Tudo isso mudou, numa tarde de sábado quando Joana ia a correr e caiu.

Uma menina pobrezinha ajudou-a a levantar-se. A menina levou-a a casa e a mãe de Joana colocou-lhe um penso.

Joana queria ter coragem para falar com a menina, mas não conseguiu dizer nada. Passados uns minutos, teve coragem de falar com ela e perguntou- lhe.

- Como te chamas?

- Chamo-me Mafalda.

- Obrigado por me teres ajudado a levantar!

- De nada.

- Olha Mafalda, tu gostas de ser pobre?

- Gosto!

- Como gostas, se nem no Natal recebes presentes, e não tens aquela ceia de Natal, em família, e o pior é que não tens dinheiro!

- Posso não ter dinheiro, mas sou feliz como sou, e posso não ter presentes, e ceia de Natal, mas tenho uma família que me adora!

Ouvindo aquilo, a mãe de Joana teve uma grande ideia, e essa ideia foi: nos Natais seguintes reunirem-se com os mais necessitados e dar-lhes um Natal como nunca tiveram.

E assim foi.

No dia vinte e quatro de Dezembro, Véspera de Natal lá estavam todos os convidados para a ceia de Natal e, claro, não podia faltar a Mafalda e a sua família.

O que aquela gente toda não sabia era que, à meia-noite em ponto, iam receber os presentes que tanto desejavam.

Terminada a Ceia de Natal, às onze horas em ponto, foram todos para a sala de estar conversar. É claro que os mais novos foram todos brincar em conjunto.

A Cláudia, que era uma criada da casa da Joana disse:

- É meia-noite em ponto, hora de abrir os presentes!

- Boas Festas! – responderam todos.

O João, que era um senhor muito simpático, lá do bairro, ofereceu-se para mascarar-se de Pai Natal, e distribuir os presentes para aquelas pessoas.

Todos gostaram dos presentes e agradeceram ao pai e à mãe de Joana.

E os Natais seguintes foram sempre muito animados.


Fim

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